Nos dias 28, 29 e 30 de setembro, foi realizado, na cidade do Rio de Janeiro – RJ, o 19º Encontro Nacional da Pastoral da Educação, organizado pelo Setor Educação da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação da CNBB. A Equipe Nacional da Pastoral da Educação, coordenada pelo pe. Eduardo Rocha, assessor do Setor Educação da CNBB, organizou os preparativos para a acolhida dos diferentes regionais convidados. Além disso, acompanharam o encontro os bispos Dom João Justino de Medeiros Silva; bispo referencial para a Pastoral da Educação, Dom Júlio Endi Akamine; membro da Pastoral da Educação, Dom Nelson Francelino Ferreira; bispo referencial para educação e ensino religioso do Leste 01; Dom Paulo Romão, bispo referencial para Cultura e Educação da Arquidiocese do Rio de Janeiro; Dom Carlos Lema, vigário episcopal do Vicariato Episcopal para Educação e Universidade.
O encontro aconteceu no Centro de Estudos e Formação do Sumaré, lugar amplo que favoreceu a estadia e os trabalhos de mais de 110 pessoas. As reflexões foram enriquecidas pela contribuição de leigos engajados que trouxeram as alegrias e os desafios vivenciados em suas realidades. Houve a significativa presença de padres e bispos que compreendem a importância da educação enquanto lugar oportuno para a construção de um mundo mais solidário.
O primeiro dia foi dedicado a uma apresentação dos desafios atuais da Pastoral da Educação. Neste sentido, Dom Justino apresentou uma chave de compreensão da educação atual segundo a eclesiologia do papa Francisco, isto é, assumir a proposta de uma Igreja em saída.
Na manhã de sábado, pe. Marcos Sandrini se debruçou sobre o atual cenário da educação brasileira. A partir de sua contextualização, evidenciou-se que a Pastoral da Educação é o esforço sistemático que o Povo de Deus faz para transmitir a mensagem do evangelho à vida escolar. O atual contexto da educação brasileira exige que a escola seja refletida sob diferentes ângulos, considerando a pluralidade que marca fortemente a sociedade contemporânea.
À tarde, pe. Agamenilton expôs uma visão panorâmica do documento “Humanismo Solidário” do papa Francisco. Esse documento eclesial propõe uma visão integral do ser humano, o qual não pode se realizar sem o desenvolvimento solidário da humanidade. É necessário voltar à pessoa humana, considerando-a segundo a sua capacidade de relação, aberta ao encontro. Ainda no sábado, os educadores participaram de trabalhos em grupos, tecendo reflexões sobre os desafios e possibilidades da Pastoral da Educação em suas realidades. Por fim, as atividades do dia foram concluídas com apresentações culturais de diversas regiões do país.
O Encontro Nacional foi enriquecido pelas partilhas que têm como objetivo avaliar os projetos realizados e inspirar novos caminhos para a Pastoral da Educação. Com a colaboração de irmã Cláudia Chesini, responsável pelo relacionamento institucional e pastoral da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), os grupos refletiram sobre a necessidade de ampliar a compreensão de Pastoral da Educação e, deste modo, gerar processos de interação e diálogo com educandos, educadores, a comunidade, a secretaria da educação etc. Ao fim do encontro, D. Júlio Akamine e D. Nelson Francelino refletiram sobre os desafios e as possibilidades da Pastoral da Educação, tendo em vista o contexto de cada regional. Os educadores foram motivados a ocupar espaços nos conselhos de Educação e a participarem ativamente das transformações sociais à luz dos valores do Evangelho. O projeto de um humanismo solidário pressupõe uma educação que oriente as pessoas a fazerem escolhas socialmente responsáveis.
Após o encontro, os participantes são convidados a cultivarem as sementes lançadas. O sentido do trabalho não está nos resultados imediatos, mas nas metas que foram propostas. Apesar dos desafios, a Pastoral da Educação continua caminhando pelas estradas do mundo, movida pela esperança que nasce do Evangelho.